Não é preciso ir muito longe para entender o que Pabllo Vittar representa hoje na música nacional, e não apenas. Nenhum outro artista pop nacional representa tão bem a comunidade LGBTQ+ do que uma drag. Ela vive/viveu o que muitos passam nas ruas, em casa, no colégio. Talvez seja por isso o motivo do seu sucesso crescente. Afinidade!
A cantora, que chegou ao mainstream em 2017, tem alçado voos cada vez mais altos, tanto que o Brasil se tornou pequeno para ela. E antes que você pense em números e charts, já te adiantamos que não é apenas isso que importa, não para um artista LGBTQ+ e nordestino.
Pabllo quebrou barreiras vistas como intransponíveis há 10 anos atrás. Apesar de o Brasil já ter experimentado artistas da comunidade em outros momentos, como Rogéria, Vera Verão e Nany People, nunca uma delas cruzou a fronteira do preconceito de forma tão grandiosa. Com a era digital ficou mais fácil de gritar e mostrar seu valor, mas nem por isso a dificuldade sumiu.
Vittar é a drag mais seguida no mundo no Instagram, e não se resume a isso. Admirada por vários nomes do meio, a cantora brasileira fez prevalecer o talento frente ao ódio.
Constantemente alvo de ataques, Pabllo mostra que isso já passou, que não a atinge. Nem mesmo as picuinhas criadas por fandoms, incluindo o seu próprio, ofusca o brilho cada vez mais forte da popstar. É correto dizer que hoje o maranhense que dá vida à drag é o artista pop mais importante para representatividade das minorias. De origem pobre, e de uma região que comumente é alvo de preconceito, o Nordeste, a música da Pabllo pode ser vista como um canto que inspira outros talentos à trilhar seu caminho sem medo, com firmeza.
Com parcerias internacionais, e acompanhada por vários nomes importantes da indústria fonográfica mundial, principalmente no meio queer, Vittar se consolida de forma permanente como um dos principais representantes nacionais no mercado global. A música que a catapultou ao estrelato, “K.O.”, já acumula mais de 300 milhões de views no YouTube, boa parte feito fora do Brasil. Prova cabal do seu sucesso.
No país que mais mata LGBTQs no mundo, chegar tão longe é mais que uma vitória, é mostrar que há resistência, e que o importante é nunca desistir.
E tem mais! Está apenas começando!