A polícia de Los Angeles foi chamada pelo menos seis vezes à residência do diretor Rob Reiner e da fotógrafa Michele Reiner ao longo dos últimos 12 anos, incluindo uma ocorrência relacionada à violência familiar. O casal foi encontrado morto dentro de casa no dia 14 de dezembro, nos Estados Unidos.
De acordo com registros obtidos pelo jornal DailyMail, os agentes atenderam chamados no endereço da família nos anos de 2013, 2014, 2017, 2019 e novamente em 2025, quando ocorreu o duplo homicídio.
Entre os atendimentos, dois foram classificados como “verificações de bem-estar” (welfare checks), realizadas em 2013 e 2019. Esse tipo de ocorrência acontece quando amigos, familiares ou vizinhos solicitam à polícia que verifique a condição de alguém por preocupação com sua segurança ou saúde.
Em 2017, a polícia foi acionada para investigar uma denúncia de agressão envolvendo violência familiar. Segundo os registros, um boletim de ocorrência foi formalmente registrado na época.
Outro chamado, em 2019, foi relacionado à verificação da saúde mental de um homem. Após a ida ao local, os policiais avaliaram que não havia necessidade de medidas adicionais.
Rob e Michele Reiner foram mortos a facadas dentro da própria residência. Os corpos foram encontrados por Romy Reiner, filha caçula do casal. O principal suspeito do crime é Nick Reiner, filho do meio, que foi formalmente acusado de matar os pais.
Filho pode enfrentar prisão perpétua ou pena de morte
Nick Reiner responde a duas acusações de homicídio qualificado. Segundo o promotor Nathan Hochman, as denúncias incluem a alegação especial de uso de uma “arma perigosa e mortal”, uma faca. A informação foi confirmada durante entrevista coletiva.
O acusado está preso sem direito a fiança no complexo penitenciário Twin Towers Correctional Facility, em Los Angeles, e permanece sob observação por risco de suicídio. A audiência de acusação está marcada para o dia 7 de janeiro.
Caso seja condenado por todas as acusações, Nick Reiner poderá receber prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional ou até a pena de morte. Os promotores ainda não decidiram se irão solicitar a pena capital.
Segundo o site TMZ, Nick havia sido diagnosticado com esquizofrenia antes do crime. Fontes afirmaram que, nas semanas anteriores ao assassinato, o comportamento dele era considerado “alarmante”, especialmente após uma recente mudança de medicação, que teria agravado seu estado de saúde mental.
Ainda de acordo com pessoas próximas à família, Nick enfrentava problemas com dependência química e mantinha uma relação descrita como “hostil” e “volátil” com os pais. “Isso ocupou grande parte da vida deles. Rob e Michele sempre foram honestos sobre as dificuldades com o filho, e quem convivia com a família via isso de perto. Todos que os conheciam estão devastados, porque essa situação nunca foi segredo”, afirmou uma fonte à revista Us Weekly.
Nick Reiner contratou o advogado criminalista Alan Jackson, conhecido por atuar em casos de grande repercussão. Ex-promotor de Los Angeles, Jackson já defendeu nomes como Harvey Weinstein e Kevin Spacey, além de ter atuado recentemente no caso de Karen Read, absolvida da acusação de matar o namorado.
