Dwayne Johnson já provou de tudo: ringue, cinema, redes sociais, negócios… Mas em Coração de Lutador, ele se entrega de corpo e alma a um papel dramático que promete ficar marcado. O filme, dirigido por Benny Safdie, acompanha a vida de Mark Kerr, lutador de vale-tudo que enfrenta vícios, desafios emocionais e torneios que podem definir sua carreira.
A produção segue um estilo quase documental, mostrando Johnson em treinos intensos, nos bastidores de lutas e em momentos íntimos com Dawn, personagem de Emily Blunt. A câmera de Safdie acompanha cada gesto, desde a saída do ringue até conversas discretas nos vestiários, revelando a vulnerabilidade de Kerr.
A transformação de The Rock é completa: mudanças no tom de voz, no andar, próteses no rosto e até sunga da Bad Boy. Ele assume uma persona quase indefesa, longe do durão que todos conhecem do WWE ou das franquias de ação. O resultado é uma atuação física e emocionalmente intensa, que dialoga com sutilezas e grandes momentos de choro, pronta para impressionar a temporada de premiações.
Emily Blunt, por sua vez, também entrega uma performance que equilibra as tensões do relacionamento com Kerr, enquanto Ryan Bader, ex-lutador do UFC, acrescenta naturalidade às cenas de combate. Mas o filme não aposta em lutas épicas estilo Rocky; o brilho está nos momentos cotidianos, na amizade, no cuidado com o treinador e até na reação de Kerr a situações simples, como se enjoar em um brinquedo de parque.
No fim, Coração de Lutador não é apenas sobre Johnson ou Kerr. É sobre entrega, autenticidade e reconhecimento. Quem for conferir o filme, que estreia no Brasil em 2 de outubro, vai conhecer Mark Kerr e perceber que, desta vez, The Rock não está apenas lutando no ringue: ele está conquistando seu papel mais sério e memorável.




















































