
Lumar Costa da Silva, de 34 anos, esteve internado por cerca de seis anos em um hospital psiquiátrico de segurança máxima. O motivo? Ele é o autor de um dos crimes mais brutais que se tem registro no estado de Mato Grosso.
Em julho de 2019, quando sob efeito de drogas e afirmando ouvir vozes, Lumar matou a própria tia retirando o coração e entregando o órgão à prima. Após o tempo recluso, Lumar agora deixa o Centro Integrado de Atenção Psicossocial à Saúde Adauto Botelho (CIAPS), em Cuiabá, e irá começar uma nova fase de sua medida de segurança.
Lumar irá cumprir tratamento em regime ambulatorial intensivo e terá acompanhamento diário no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do município de Campinápolis, interior de São Paulo.
A mudança ocorreu após decisão judicial proferida em 18 de junho pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto da 2ª Vara Criminal de Cuiabá de acordo com laudos médicos que atestaram a estabilidade clínica do paciente.
Lumar segue sendo monitorado pela Justiça e saiu do hospital na última sexta-feira (20). O homem deve ser transferido para Campinápolis nesta segunda-feira (23). A decisão judicial reconhece que o réu segue com o diagnóstico de transtorno mental crônico e ainda não há formalmente uma “queda” em sua periculosidade.
Os relatórios médicos e psiquiátricos mais recentes indicam que se um tratamento rigoroso for feito, é possível garantir que sua condição seja controlada.
“Os elementos técnicos (…) indicam que, embora persista o diagnóstico psiquiátrico, a condição clínica atual do paciente permite o manejo adequado no âmbito do tratamento ambulatorial intensivo”, diz trecho do despacho que foi assinado pelo juiz.
O laudo psiquiátrico aponta que Lumar tem “juízo crítico preservado” e está clinicamente estável. Porém, os médicos alertam que a doença é crônica, incurável e é necessária a supervisão constante do indivíduo por tempo indeterminado.