É difícil começar uma resenha de algo tão grandioso como “Vingadores: Ultimato”, um desafio tão grande quanto dos heróis em cena, mas vamos lá.
O filme, como já se sabe, fecha o clico de 10 anos da Marvel Studios, e isso fica bem claro durante o enredo. Várias referências aos filmes anteriores aparecem aqui, e fazem o clima nostálgico te acompanhar por todos os 182 minutos do longa.
Além da saudade, quem for assistir, pode ir preparado para surpresas. Ultimato foi feito pensando nos fãs, e há muito fan service aqui. Mas nem todos e não para todos. Muitos sairão da sala de cinema odiando o desfecho de alguns personagens, outros vão chorar…
O vilão é algo à parte. Os irmãos Russo conseguiram manter a fidelidade do personagem aos quadrinhos, com direito a um pequeno upgrade, deixando ele na vibe da geração atual, flertando com o clichê, mas sem deixar se corromper.
A súplica dos últimos dias para que quem assista não dê spoilers tem um motivo, aliás, muitos. A carta na manga do último filme dos Vingadores é a surpresa. Então vá com a consciência de preservar a experiência dos outros.
Falando em experiência, uma dica: este não é o melhor filme para entrar no Universo Cinematográfico Marvel, então se você é marinheiro de primeira viagem, comece pelo início e assista aos filmes que montam a narrativa da história. Sua imersão no enredo será totalmente diferente.
Vingadores 4 traz uma carga dramática menor do que Guerra Infinita. Ultimato ficou para porrada e bomba, mas por segurança leve seu lencinho, pois há o risco de um cisco cair no seu olho em algumas cenas. Apesar das primeiras horas de filme serem um pouco arrastadas, sem muita ação e mais blá-blá, o final revela takes inimagináveis anos atrás no cinema, algo que até então só foi visto nos quadrinhos.
O filme resolve várias pontas soltas de longas anteriores, e te deixa em total escuridão do que esperar do futuro da Marvel. E a cena pós-créditos? Na sessão imprensa não teve… Bem, pode ser essa mais uma surpresa reservada para os pagantes, ou apenas passar a ideia de ciclo fechado, fim da história e ponto final.
“Vingadores: Ultimato” flerta com todos os públicos e chega com status merecido de blockbuster da geração. E não apenas pela bilheteria, que de certo será bilionária, mas pela grandiosidade da produção e a perfeição com a qual foi executada, dando ao espectador uma experiência única, que será lembrada por muito tempo.