
Após 18 anos de mistério, o caso Madeleine McCann pode estar ganhando um novo rumo. Autoridades portuguesas e alemãs retomaram as investigações com base em uma teoria até então pouco explorada: a possibilidade de que a menina tenha sido vítima de um atropelamento acidental por uma mulher embriagada, na noite de seu desaparecimento, em 3 de maio de 2007, na Praia da Luz, no Algarve, Portugal.
Segundo o jornal português Correio da Manhã, uma testemunha teria ouvido uma conversa comprometedora entre um casal, nas horas seguintes ao sumiço da menina. No diálogo, o homem teria questionado a companheira: “Por que você a trouxe?”, dando indícios de que o casal pode ter tentado ocultar o crime, possivelmente jogando o corpo de Madeleine ao mar para apagar vestígios.
A nova linha de investigação surge paralelamente às buscas realizadas recentemente por autoridades portuguesas em colaboração com a polícia alemã, que concentrou esforços em áreas próximas à barragem do Arade. Equipamentos como drones, retroescavadeiras e radares de solo foram utilizados, mas até o momento não houve confirmação de que materiais relevantes tenham sido encontrados.
O nome de Christian Brückner, cidadão alemão já condenado por outros crimes, permanece no centro da investigação. Considerado o principal suspeito desde 2020, ele nega envolvimento e continua preso até setembro de 2025, quando poderá ser libertado, a menos que surjam novas provas contra ele.
A hipótese do atropelamento não apenas confronta a linha investigativa baseada em sequestro e crime sexual, mas também reabre o debate sobre possíveis encobrimentos e falhas na investigação inicial. A Polícia Judiciária portuguesa ainda não comentou oficialmente sobre a nova teoria, limitando-se a cooperar com as autoridades alemãs e repassando informações ao Ministério Público.
O caso segue mobilizando esforços internacionais e atenção midiática. Se confirmada, a teoria de que Madeleine morreu em um acidente encoberto por terceiros mudaria drasticamente o rumo de uma das investigações mais acompanhadas do século.