Pedro Sampaio foi uma das atrações mais barulhentas — e literalmente mais iluminadas — do palco The One, no The Town, nesta sexta-feira (12). O DJ e cantor decidiu apostar em um conceito batizado de “Made in Caos”, mas o resultado ficou mais próximo de um espetáculo de fogos de artifício com trilha sonora repetitiva do que de um show memorável.
Elevado em uma plataforma como se fosse o maestro de uma rave de TikTok, Sampaio parecia mais preocupado em comandar a pirotecnia do que em trazer algo musicalmente novo. Enquanto isso, seus 22 dançarinos preenchiam o palco com coreografias que boa parte da plateia já tinha decorado de tanto ver circular nas redes. O efeito foi grandioso, mas previsível: parecia assistir ao clipe em versão ao vivo, só que com mais fumaça.

Em entrevistas, o artista destacou sua recuperação de uma lesão e chamou a apresentação de “coroação”. Soa bonito, mas a verdade é que o setlist reciclou os mesmos hits que ele empurra desde sempre: “Poc Poc”, “Galopa” e “No Chão Novinha”. Hits funcionam, claro — o público pulou, cantou e gravou tudo no celular —, mas depois de uma hora, a sensação era de estar preso em um looping de refrões martelados.
A superprodução impressiona à primeira vista, mas revela um paradoxo: tanto caos para, no fim, entregar o óbvio. Pedro Sampaio pode até vender a experiência como “única”, mas a verdade é que o show funcionaria perfeitamente como atração fixa de um resort em Cancún — cheio de fumaça, lasers, coreografias milimétricas e pouca surpresa.
O público vibrou, as redes sociais amaram, e Pedro saiu como vencedor. Mas a pergunta fica: até quando o “Made in Caos” vai sobreviver sem uma reinvenção musical de verdade?




















































