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Ativistas da Nova Zelândia podem ser presos por fazer Lorde cancelar show em Israel

O tribunal israelense ordenou que Justine Sachs e Nadia Abu-Shanab pagassem indenização por supostamente persuadir a cantora Lorde a cancelar um show que iria acontecer em Israel.  A ícone do Pop, de apenas 21 anos, confirmou que cancelou todas as apresentações que seriam feitas em junho deste ano. A decisão foi tomada por influência dos defensores dos direitos dos palestinos. Os neozelandeses apelaram a Lorde por um carta publicada no The Spinoff para boicotar Israel.

Os artistas internacionais que decidem não apresentar concertos em Israel são membros do movimento BDS, que trabalha para acabar com o apoio internacional à opressão dos palestinos por Israel.

“Tive muitas discussões com pessoas, com vários pontos de vista e penso que a decisão correta nesta altura é cancelar o espetáculo”.

O processo foi levado ao Tribunal de Justiça de Jerusalém, os dois ativistas foram ordenados a pagar US $ 12.000 pelo cachê do show que precisou ser devolvido. Porém, eles recusaram e disseram que ao invés disso, vão arrecadar fundos para uma organização de saúde mental de Gaza. Alguns especialistas jurídicos orientaram os ativistas e deram o seguinte conselho:

”Israel não tem o direito de policiar as opiniões políticas de pessoas em todo o mundo”.

Os autores do processo foram três adolescentes que planejavam ir ao concerto de Lorde em Israel. Eles exigiram um valor para reparação dos danos emocionais causado pelo cancelamento. O advogado dos jovens, Nitsana Darshan-Leitner, fez questão de se pronunciar:

“Esta decisão deixa claro que qualquer um que peça por um boicote contra o Estado de Israel pode ser responsabilizado por danos e precisa pagar indenização aos que forem prejudicados pelo boicote, se eles estiverem em Israel ou fora dele”