
Gael Vicci acaba de lançar seu novo single “Ping Pong”, uma aposta vibrante e ousada que marca sua nova fase na música pop brasileira. Em pleno Mês do Orgulho LGBTQIAPN+, o artista entrega não apenas um videoclipe com estética colegial e sensualidade à flor da pele, mas um verdadeiro manifesto visual repleto de simbologias da bandeira LGBTQIAPN+, exaltando sua bissexualidade com orgulho e leveza. O resultado é um trabalho que reafirma sua identidade e o posiciona como uma das novas vozes ativistas da cena pop nacional. Assista ao clipe aqui.
“Quisemos trazer o máximo possível da minha identidade, mas, em geral, a minha principal referência foi esse lance mais colegial e esportivo, que acho que tem tudo a ver com a vibe de ‘Ping Pong’”, explica Gael sobre a estética do videoclipe. Ao lançar o projeto no mês do orgulho, o artista afirma: “Pensamos em alinhar esse lançamento com o mês do orgulho exatamente por querer trazer essa mensagem do orgulho LGBTQIAPN+, e quis trazer referências à minha sigla na bandeira.”
A bissexualidade, retratada de forma lúdica e sensual no clipe, também ganha destaque no discurso do cantor. “Eu acredito que é algo muito importante a ser abordado, e quero levar comigo a minha bandeira. Quando quis entrar para o cenário da música pop, procurei pessoas que eu pudesse me espelhar, e ali decidi que queria ser esse símbolo de identificação para outras pessoas. Que olhassem para mim e se enxergassem.”
Questionado sobre o espaço da bissexualidade na música pop nacional, Gael é direto: “Acredito que pra muitas pessoas ainda é visto como se fosse ‘indecisão’, ou que ainda se prendem muito a um estereótipo do que é ser bissexual, e eu quero mostrar exatamente que não tem um jeito certo de ser bissexual, e que toda forma de amar deve ser respeitada.”
O videoclipe ainda conta com participações especiais de Júlio Oliveira e Andreia Viana, que ajudaram a construir o storytelling da produção. “Simplesmente incríveis. Já trabalhamos juntos antes. Então foi mágico e descontraído. Acho que o fato de já conhecê-los acabou ajudando a ter mais intimidade para contar essa história”, revela.
A recepção do público LGBTQIAPN+ é um dos pontos mais aguardados por Gael, que reforça o objetivo por trás do trabalho: “Espero que sintam-se representados, que sintam que estamos conquistando mais espaço, porque esse trabalho é pra isso: pela luta de mais espaços e mais voz para nós. E que sintam-se abraçados.”
Com uma trajetória marcada pelo engajamento, Gael se enxerga cada vez mais como um artista ativista. “Sim! Olhando num contexto geral e toda a minha história, me considero um artista ativista. Sei que muitos nomes tiveram que lutar para conquistarmos o que temos hoje, e muitos ainda lutam por mais espaço ainda. E estou aqui também por isso.”
Em tempos de tensões sociais e políticas, ele acredita que a arte segue como um canal essencial. “Vejo como uma ferramenta para dar voz às pessoas e a causas que precisam ser ouvidas com muito carinho nesse momento. Vejo como um meio de acolhimento a quem quer se expressar.”
E para quem já está viciado em “Ping Pong”, o artista avisa: vem mais por aí. “Logo depois de ‘Ping Pong’, temos mais trabalhos para virem aí. Trabalhos que brincam com ritmos diferentes: funk, reggaeton e outras coisas. Estou muito ansioso para ver a recepção do público com os futuros trabalhos.”
Com batidas envolventes, atitude e representatividade, Gael Vicci mostra que sabe como transformar pop em posicionamento — e a pista de dança em território de orgulho e liberdade.