Morreu hoje (15), aos 90 anos, a atriz Léa Garcia. De acordo com informações do g1, ela sofreu um infarto, chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu.
A veterana seria homenageada com o Troféu Oscarito, ao lado de Laura Cardoso, de 95, no Festival de Gramado, pelo conjunto da obra.
O anúncio da morte foi feito em uma publicação no seu perfil oficial da artista no Instagram. Veja abaixo.
Carreira
Léa Lucas Garcia de Aguiar, mais conhecida como Léa Garcia, nasceu no Rio de Janeiro em 1933. Ela estreou nos palcos aos 19 anos depois que o amigo e dramaturgo Abdias do Nascimento a convenceu a participar da peça Rapsódia Negra, em 1952, no Teatro Experimental.
A artista estreou na televisão no Grande Teatro da TV Tupi, na década de 1950. Em 1969, participou de sua primeira novela, “Acorrentados”, na Record. Em 1970, ela foi para a TV Globo onde interpretou a empregada Dalva na novela “Assim Na Terra Como no Céu”. Em 1972, Léa participou do primeiro programa gravado totalmente em cores no Brasil. Tratava-se de um episódio do Caso Especial chamado “Meu Primeiro Baile”.
Léa Garcia participou de sucessos da TV Globo como “Selva de Pedra”, de Janete Claire, em 1972, e “Escrava Isaura”, adaptação de Gilberto Braga para a obra de Bernardo Guimarães, em 1976. Nesta última, a artista fez sua primeira vilã. “‘Escrava Isaura’ é o meu cartão de visitas. Tive muitas dificuldades em fazer cenas de maldade com a Lucélia Santos. Eu me lembro de uma cena em que, quando a Rosa (personagem de Léa) acabou de fazer todas as perversidades com a Isaura, eu tive uma crise se choro, me pegou muito forte. Chorei muito, não com pena, mas porque me tocou”, disse certa vez em entrevista à TV Globo.
A veterana também participou de obras como “Dona Beija”, de Wilson Aguiar Filho, em 1986. Ela também esteve em “Tocaia grande”, de Duca Rachid, que foi baseada na obra de Jorge Amado, em 1995, e “Xica da Silva”, de 1996, escrita por Walcyr Carrasco. Todas as três obras na TV Manchete.