No último dia 01 de março, o Fantástico, programa da Tv Globo, exibiu uma reportagem sobre as condições de vida das transexuais nos presídios do Brasil. Entre as histórias apresentadas pelo Dr. Drauzio Varella, a que mais chamou atenção do público foi a história de Suzy de Oliveira, de 30 anos. A trans, que é batizada como Rafael Tadeu de Oliveira Santos, foi presa por estupro de vulnerável e homicídio triplamente qualificado em uma criança que na época tinha nove anos.
De acordo com o processo, Suzy pediu a criança um auxílio para carregar um monitor até sua residência. Sabendo da ausência dos responsáveis do pequeno, o acusado forçou o sexo oral e anal com o menor. Para ocultar o ato, a trans matou a vítima.
https://youtu.be/azoWnEfVhlI
Rafael foi condenado a 36 anos e oito meses de prisão pelos desembargadores da 7° Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. Em 2017, a Defensoria Pública de São Paulo apresentou ao TJ uma solicitação da diminuição da pena, mas não foi atendida pelo 1° Grupo de Direito Criminal.
A tia da trans, que prestou depoimento ao tribunal, afirmou que Rafael realizava roubos com arma e usava maconha. Anos depois, a trans abusou de uma criança de três anos quando trabalhava em uma padaria. A parente afirmou também que o acusado abusou de seu sobrinho de cinco anos e meio.
Os detalhes do processo vieram à tona na tarde do último domingo(8), repercutindo amplamente na internet. Ao R7, a Secretaria da Administração Penitenciária confirmou que a presidiária cumpre pena por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável (menor de 14 anos).
Após a repercussão, Drauzio Varella publicou uma nota oficial em sua conta no Twitter, afirmando que não é seu papel investigar os delitos das detentas.
Esclarecimento do dr. Drauzio sobre a reportagem produzida e veiculada pelo @showdavida, no último domingo, 01 de Março. pic.twitter.com/b02JQ5tW9d
— Portal Drauzio (@drauziovarella) March 8, 2020