LEAAN transforma vivências de imigrante em poesia e música eletrônica no novo álbum "Rapadura"
Música

LEAAN transforma vivências de imigrante em poesia e música eletrônica no novo álbum “Rapadura”

Artista pernambucano transita pelo rock alternativo oitentista e letras abertamente vulneráveis

LEAAN transforma vivências de imigrante em poesia e música eletrônica no novo álbum "Rapadura"
Foto: Divulgação

Enquanto alguns desavisados insistem em gritar aos quatro cantos do mundo que a música brasileira acabou, o país segue entregando o melhor de sua produção musical através de artistas independentes ou selos alternativos. É na primeira opção que se encaixa LEAAN e seu álbum, o intitulado “Rapadura”, produzido pelo capixaba Louzada, lançado hoje, terça-feira, 18 de Março, nas principais plataformas digitais. (Ouça aqui). Uma festa de lançamento acontecerá no dia 29 de Março no Bar Goyana (East Harlem), NY, um bar brasileiro que marcou a vida do artista.

“Rapadura” começou a tomar forma em 2022, após o cantor e compositor se mudar para Nova Iorque. Na cidade, mergulhou ainda mais no universo da música pop/urbana mundial, fundindo essas influências com a excelência da produção de batidas afropop, eletrônicas e MPB de artistas como Tuyo, Mahmundi, Duda Beat, Jão e Melly. Mineiro e imigrante, enfrentou desafios, mas soube saborear as doçuras da vida. Em um desses momentos, ao observar um prédio de tijolos marrons — que, inclusive, estampa a capa do álbum —, veio-lhe à mente a imagem de uma rapadura na cozinha da avó. Assim nasceu o título do disco, que também reflete a essência do projeto ao remeter ao ditado popular: “Rapadura é doce, mas não é mole não”.

“Eu acho que o projeto tem essa personalidade que destoa do mainstream, mas ao mesmo tempo flerta um pouco com ele, porque afinal de contas eu cresci consumindo toda essa cultura pop nacional e internacional e tenho o maior prazer de me inspirar em ambas. Penso que o Brasil está cheio de artistas incríveis que oferecem pontos de vistas e abordagens sonoras muito interessantes e com o “Rapadura” eu gostaria de oferecer a minha perspectiva de como eu me relaciono com o mundo”, conta o artista.

“Como se o Céu Fosse Oceano” abre muito bem o disco, apontando as ambições e reflexões do eu-lírico: “Como se o céu fosse oceano/ Eu mergulho nessa vista/da nossa juventude que não volta mais”, canta LEAAN nos versos iniciais. O artista conta que o álbum fala sobre “um ciclo diário, mensal ou anual das nossas vidas” e a faixa de abertura sintetiza bem isso.

‘“Como se o Céu Fosse Oceano” é a faixa que fala sobre deixar uma vida para trás para se iniciar uma nova, mas com muito carinho e sem esquecer de onde viemos. Além de ser uma homenagem a um curta metragem muito bonito realizado por amigos que ocupam um espaço muito importante na minha vida. O filme foi lançado em 2018 e tem o mesmo título da faixa”, conta LEAAN.

O álbum conta com a parceria de Emanuel Fip na dançante “Pagar pra Ver”. Fip traz o Rap para o universo das pistas de dança de LEAAN. Os artistas se conheceram em Newark, NJ e a admiração mútua resultou na canção que promete figurar em playlists de remixes do Spotify.

“A gente sempre falava em fazer algo juntos, mas nunca saía do papel. Como eu sou uma pessoa que adora desafiar os outros, eu o propus gravar uma faixa totalmente fora do que ele costuma fazer e ele não pensou duas vezes. Entrou nessa comigo e gravamos tudo em algumas horas. “Pagar Pra Ver” é uma faixa bem enérgica que me lembra muito a vivacidade e o vigor jovial dos trabalhos noventistas da Madonna. É uma das minhas favoritas”, relata.

A viagem sonora de LEAAN segue por estilos como o funk brasileiro em “Eu Tô Demais”, de baladas acústicas acompanhadas por programação eletrônica (“Lavanda”) e um esmero muito bem-vindo nas letras. “Eu cresci ouvindo música urbana tanto brasileira quanto internacional. A música eletrônica ou outros gêneros feitos de forma analógica funcionam como oxigênio pra mim, mas a música orgânica oferecida pela nossa cultura brasileira faz parte de quem eu sou, da minha raiz mineira. Então com o “Rapadura” eu quis trazer essa mescla”, explica.

Eu e meu produtor, Louzada, também brasileiro, debatemos muito sobre como equilibrar brasilidade e batidas eletrônicas. Vocês poderão ouvir essa construção nas faixas “Como se o Céu Fosse Oceano”, “Muita Calma Nessa Hora”, “Lavanda”, “Receita Pra Continuar e “Pega Ladrão (Corre Corre)”, que trazem alguns instrumentos brasileiros bem m

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