O bilionário americano Bryan Johnson, de 48 anos, conhecido por investir mais de US$ 2 milhões (cerca de R$ 10,7 milhões) por ano em protocolos antienvelhecimento, chamou atenção novamente nas redes sociais — desta vez ao compartilhar uma foto rara de quando tinha 20 anos. A comparação com sua aparência atual reacendeu debates entre seguidores e especialistas: estaria ele realmente conseguindo “voltar no tempo”?
Fundador do ambicioso Projeto Blueprint, Johnson é considerado um dos maiores biohackers do mundo. Desde 2021, ele dedica cerca de cinco horas por dia a tratamentos e rotinas extremas para reduzir sua idade biológica e alcançar a vitalidade de um jovem de 18 anos. Segundo ele, os resultados já são visíveis: seus biomarcadores estariam nos percentis mais elevados para saúde e longevidade.

Vida antes da fama no biohacking
Antes de se tornar o rosto da ciência antienvelhecimento, Bryan Johnson fez fortuna ao vender sua empresa de pagamentos, Braintree Venmo, ao PayPal por US$ 800 milhões, em 2013. A vida, no entanto, nem sempre foi luxuosa. Em entrevista à revista People, ele revelou ter enfrentado sérios problemas de saúde aos 21 anos, durante uma missão religiosa no Equador:
“Nos primeiros meses, eu vomitava constantemente. Tinha diarreia o tempo todo, não conseguia comer, meu rosto estava coberto de acne… Era horrível”, relembrou.
“Eu vivia em extrema pobreza. Aquilo me fez querer mudar o mundo. Mas, primeiro, decidi que precisava ganhar muito dinheiro até os 30.”
Técnicas polêmicas e “troca de sangue em família”
Entre os tratamentos mais controversos de Johnson está a chamada “troca de plasma multigeracional”, realizada em maio de 2023. Na ocasião, ele envolveu o filho, Talmage, e o pai, Richard, de 70 anos, em um procedimento onde os três tiveram um litro de sangue drenado para separação e reinfusão de componentes como plasma e glóbulos. No entanto, dois meses depois, ele abandonou a prática por falta de resultados concretos.
Outro experimento inusitado foi o uso de albumina como substituto de plasma, o qual Johnson apelidou de “ouro líquido”. Ele alegou que a técnica ajudaria a eliminar “poluentes não naturais” do corpo, como microplásticos — algo que, segundo ele, nem o fígado nem os rins conseguiriam fazer eficientemente.
Ciência ou ilusão?
Apesar de afirmar que tem hoje “a menor idade biológica registrada na história da medicina moderna”, muitos especialistas permanecem céticos. A medicina reconhece o potencial dos biomarcadores como indicadores de envelhecimento, mas ainda considera muitas das técnicas utilizadas por Johnson como experimentais e sem comprovação científica robusta.
Mesmo assim, o bilionário segue firme na missão de viver mais — e melhor. “Quando digo que nunca fui tão feliz em toda a minha vida, dá para entender de onde isso vem”, declarou ele recentemente




















































