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Folha publica texto racista de antropólogo e causa revolta nas redes

Folha publica texto racista de antropólogo e causa revolta nas redes
Foto: Reprodução

Um texto racista do antropólogo baiano Antonio Risério, publicado na edição deste domingo (16) do jornal Folha de S.Paulo, causou revolta nas redes sociais. No artigo, ele afirma que existe racismo de preto para branco, onde ele pinça supostos casos ocorridos principalmente nos EUA para justificar sua tese.

Risério, que chegou a ser preso na Ditadura, deixou o Ministério da Cultura em 2004 após denúncias de irregularidas no Instituto Brasil Cultural (Ibrac) e ultimamente se alinha às teses da direita para atacar o campo progressista, classifica como “tolice” o que ele diz ser um “dogma que reza que, como pretos são oprimidos, não dispõem de poder econômico ou político para institucionalizar sua hostilidade antibranca”.

Citando teses de liberais estadunidenses, Risério lista os supostos casos ocorridos nos Estados Unidos para falar embasar sua tese de um racismo de negros antibrancos, asiáticos e até judeus.

O preâmbulo dedicado aos EUA tem como objetivo chegar ao Brasil, onde o antropólogo diz que “o retorno à loucura supremacista aparece, agora, como discurso de esquerda”. Em seguida, Risério, afirma que “o neorracismo identitário” é “norma” e atribui a culpa à autoafirmação dos negros.

“O neorracismo identitário é exceção ou norma? Infelizmente, penso que é norma. Decorre de premissas fundamentais da própria perspectiva identitária, quando passamos da política da busca da igualdade para a política da afirmação da diferença. Ao afirmar uma identidade, não podemos deixar de distinguir, dividir, separar. Não existe identitarismo que não traga em si algum grau e alguma espécie de fundamentalismo”, escreve.

Nas redes sociais, os internautas levantaram a tag “NÃO EXISTE RACISMO REVERSO”, que ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter. Veja algumas reações: